Os impactos da hora extra vão muito além de um simples acréscimo na folha de pagamento. Quando não há o gerenciamento adequado, pode comprometer a saúde financeira do negócio, gerar passivos trabalhistas e até prejudicar o clima organizacional.
Por outro lado, se tudo for administrado conforme a legislação e com estratégia, as horas extras podem ser uma ferramenta de produtividade e competitividade. Nesse cenário, nós da Tron preparamos um artigo com tudo que você precisa saber sobre as regras, cálculos e impactos da hora extra para empresas e colaboradores. Saiba mais:
O que diz a lei sobre as horas extras?
Em primeiro lugar, vale destacar que no Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê que a jornada padrão de um trabalhador é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, salvo exceções previstas em acordos ou convenções coletivas. Sendo assim, qualquer período trabalhado além do limite contratual deve ser remunerado com um acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal em dias úteis e 100% em domingos e feriados.
Para o profissional que trabalha no DP e contabilidade, entender a legislação é, portanto, o primeiro passo para evitar passivos trabalhistas relacionados às horas extras. Veja os principais pontos:
- A CLT permite, no máximo, 2 horas extras por dia, salvo exceções autorizadas por acordos coletivos ou situações emergenciais devidamente justificadas.
- As empresas que possuem mais de 20 colaboradores são obrigadas a manter um registro formal de ponto.
- Quando a jornada de trabalho se estende para o período noturno (geralmente entre 22h e 5h), o colaborador tem direito ao adicional noturno e ao pagamento da hora extra de forma cumulativa.
- Na maioria dos casos, as convenções coletivas demandam um acordo por escrito para a realização de horas extras. Ignorar essa exigência pode gerar multas e indenizações.
Como calcular as horas extras de forma adequada?
Um dos maiores desafios das empresas está no cálculo correto das horas extras. Um erro nesse processo pode gerar prejuízos financeiros e insatisfação dos colaboradores. Desse modo, é essencial compreender que o cálculo básico segue a seguinte fórmula:
Salário mensal ÷ horas mensais que a empresa contratou = Valor da hora normal
Valor da hora normal × adicional (50%, 100%, etc.) = Valor da hora extra
Vamos supor, por exemplo, que um colaborador possui salário de R$ 3.000,00 e jornada de 220 horas mensais, com isso, ele recebe R$ 13,64 por hora. Se ele fizer 10 horas extras em dias úteis, o cálculo será:
13,64 × 1,5 (adicional de 50%) × 10 = R$ 204,60.
No que se refere aos domingos, feriados ou períodos noturnos, aplica-se um adicional maior, o que potencializa ainda mais os impactos da hora extra no custo de mão de obra.
E quais são os impactos da hora extra?
Os impactos da hora extra podem ser analisados sob diferentes perspectivas, entre benefícios e riscos. Desse modo, é importante avaliar:
1. Impactos Financeiros
Uma das principais consequências é o aumento de custos. Dependendo da frequência e do número de colaboradores, as horas extras podem compor uma grande parcela da folha de pagamento. Além disso, vale destacar que há reflexos nos encargos sociais, como FGTS, INSS e férias, já que a hora extra integra a base de cálculo dessas obrigações.
2. Produtividade
Quando há uma administração adequada, as horas extras podem aumentar a capacidade produtiva em momentos de alta demanda. O excesso de solicitação por horas, porém, pode levar à fadiga e queda de desempenho no médio prazo.
É importante manter sempre um equilíbrio, uma vez que os colaboradores que trabalham constantemente além do horário podem sentir-se sobrecarregados, o que afeta o engajamento e a motivação.
3. Risco Jurídico
Outro ponto que requer atenção e que também está entre os impactos da hora extra, é o risco jurídico. Afinal, a presença de erros no cálculo ou no controle das horas extras estão entre as principais causas de ações trabalhistas no Brasil.
Como evitar e/ou reduzir os impactos negativos da hora extra?
Algumas estratégias podem reduzir ou até mesmo evitar os impactos da hora extra que são negativos para a empresa, como por exemplo:
- O mapeamento de processos internos permite identificar erros de produtividade que geram a necessidade de trabalho além da jornada de trabalho disposta no contrato.
- Automatizar as rotinas a partir do investimento em sistemas de folha de pagamento e controle de ponto integrados ao ERP contábil pode reduzir erros e agilizar cálculos.
- Política de horas extras, com regras internas claras, e comunicar os colaboradores sobre os critérios de autorização e pagamento.
- Acompanhamento de métricas como custo de hora extra por setor e frequência média, de modo a entender onde está o problema.
Ao adotar essas medidas, é possível transformar os impactos da hora extra em uma ferramenta de crescimento.
Transforme os impactos da hora extra em vantagens!
Por fim, pode-se concluir que os impactos da hora extra não precisam ser um problema. Quando há o planejamento, organização e gerenciamento adequados pelo escritório contábil, as horas extras podem aumentar a capacidade produtiva nas empresas, atender a demandas periódicas e até melhorar a satisfação dos colaboradores (havendo equilíbrio, claro).
Sendo assim, é fundamental conhecer as regras, realizar os cálculos de maneira adequada e investir em processos e tecnologias para manter a transparência e conformidade com a legislação.
Ao centralizar as informações em um sistema integrado para gestão de DP e contabilidade, é possível ter acesso a benefícios como o controle digital do ponto, cálculo automático conforme a lei prevê, recebimento de alertas sobre o volume de horas extras e emissão de relatórios analíticos para tomar melhores decisões. As empresas que se antecipam e usam a tecnologia a seu favor conseguem não apenas reduzir custos, mas também construir uma operação saudável.
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