A Nova Reforma Tributária já é realidade no Brasil. Longe de ser apenas um debate político ou um projeto no papel, ela já foi sancionada e sua implementação começará a partir de 2026, com transição até 2033. O objetivo é simplificar o sistema, substituir impostos como ICMS, ISS, PIS e COFINS e, portanto, gerar maior eficiência.
Mas, para as empresas, essa mudança requer adaptação imediata para evitar perdas financeiras e de competitividade no mercado. Nesse cenário, nós do time Tron vamos analisar o que realmente muda, como o novo modelo vai funcionar e quais estratégias as empresas precisam adotar já em 2025. Veja a seguir:
O que muda com a Nova Reforma Tributária?
Não é segredo que o Brasil possui um sistema tributário complexo. Com a Nova Reforma Tributária, adota-se o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que incide apenas sobre o valor adicionado em cada etapa da produção, e elimina a cumulatividade que encarece produtos e serviços. O IVA será dividido em:
- Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com arrecadação por estados e municípios.
- Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com arrecadação pela União.
Na prática, eles substituem ICMS, ISS, PIS e Cofins. Além disso, haverá a criação do Imposto Seletivo (IS), voltado a produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e veículos com muitos poluentes.
Exceções, reduções e isenções
A reforma prevê tratamentos diferenciados para determinados setores e produtos, como por exemplo:
- Isenção total do CBS e IBS para alimentos contidos na Cesta Básica Nacional de Alimentos (incluindo feijão, arroz, leite, carne e pão francês), medicamentos essenciais e produtos de saúde menstrual.
- Redução de 60% para serviços de saúde e educação, medicamentos, produtos de higiene, entre outros.
Vale destacar que também está previsto o cashback tributário para famílias de baixa renda, de modo a devolver parte do imposto pago em itens essenciais como energia elétrica, água, gás e telefonia. Isso incluirá apenas as famílias que recebem até meio salário mínimo por pessoa, o que, atualmente, corresponde a R$ 706 por integrante da família.
Simples Nacional na nova Reforma Tributária
Ainda que o Simples Nacional não tenha mudanças diretas nas alíquotas ou na forma de recolhimento via DAS, o cenário ao redor terá alterações. Nos que permanecerem recolhendo tributos apenas pelo DAS, a substituição dos impostos atuais ocorrerá no cálculo da guia, sem alterar de imediato a carga tributária total. O ponto crítico, porém, está na nova lógica de créditos tributários, e é aí que mora o a grande mudança no que se refere às empresas.
Simplificação… mas também novos desafios
A grande promessa da nova reforma tributária é a simplificação. A alíquota-padrão será a mesma para praticamente todos os bens e serviços, no qual a estimativa é em torno de 28%. Essa padronização, porém, não quer dizer que sua empresa poderá dar menos atenção.
O split payment, por exemplo, é uma das transformações que se destacam. Esse sistema tem como objetivo recolher o tributo no momento da operação, de forma automática, com transferência do valor ao Fisco. Isso elimina a possibilidade de as empresas utilizarem o imposto recolhido temporariamente como capital de giro, uma prática comum nos dias de hoje. Com isso, há maior pressão sobre o caixa e a necessidade de reorganizar o fluxo financeiro o quanto antes.
Como ocorrerá a transição da nova Reforma Tributária?
O processo de transição da nova Reforma Tributária ocorrerá de forma gradual, em fases que se dividem em:
- 2026: inicia-se a aplicação de IBS e CBS em caráter de teste, sem recolhimento efetivo. As notas fiscais exibirão os novos tributos para adaptação.
- 2027 a 2032: período de convivência entre o sistema atual e o novo modelo. As alíquotas do sistema antigo irão diminuindo de forma gradual, enquanto as do novo crescem.
- 2033: sistema antigo extinto; IBS e CBS totalmente em vigor.
Esse período de transição dá tempo para adaptação, mas também pode criar zona de conforto para empresas que adiarem a preparação.
O papel da tecnologia nessa transição
Com base na Reforma Tributária, você pode estar se perguntando: e onde a tecnologia vai entrar nisso? Se antes a automação era um diferencial, agora ela é necessária. Isso porque a gestão tributária no novo modelo requer:
- Integração total entre contabilidade, fiscal, financeiro e tecnologia.
- Automação de emissão e registro de notas fiscais já adaptadas ao IBS e CBS.
- Dashboards e relatórios em tempo real para monitorar tributos recolhidos.
- Simulações de impacto financeiro para diferentes cenários de alíquota.
Os sistemas manuais ou que não possuem integração deixarão de ser viáveis. Sendo assim, o uso de ferramentas de gestão fiscal com inteligência artificial será essencial para validar cálculos, prevenir erros e evitar multas.
Lembre-se: esperar até 2026 para agir pode ser um erro caro. A preparação deve começar já em 2025, com foco em três frentes principais:
- Mapear as possíveis consequências para empresas, incluindo as consequências no capital de giro, necessidade de migrar do Simples para o regime regular, avaliação de como as novas alíquotas afetam os preços e margens, etc;
- Revisar contratos e preços
- Investir em tecnologia e integração ao implantar sistemas fiscais compatíveis com IBS/CBS e integrar ERP, contabilidade e área financeira para recolhimento automático.
Prepare-se com o suporte da Tron.
Por fim, a nova reforma tributária não promete apenas simplificação, mas também abre o espaço para o crescimento do seu negócio. E a adaptação não é responsabilidade apenas da área fiscal ou contábil. É um movimento estratégico que envolve toda a gestão, da diretoria ao operacional, passando por comercial, compras, jurídico e, principalmente, tecnologia.
Ao considerar que o recolhimento será automático, o crédito fiscal dependerá do pagamento imediato e a velocidade e integração da fiscalização se intensificam. Sendo assim, não há espaço para improviso. Sua empresa precisa se preparar agora!
E para ajudá-lo nesse processo, conte com o suporte da Tron! Nossos sistemas integram contabilidade, fiscal, DP e gestão, com automações que já se preparam para o novo modelo de IBS e CBS.
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